A "consumerização do trabalho" é um conceito que surgiu para refletir a mudança nas expectativas dos empregados em relação ao ambiente corporativo. Inspirada pela maneira como os consumidores interagem com produtos e serviços personalizados na vida cotidiana, essa abordagem propõe que os ambientes de trabalho ofereçam experiências igualmente customizadas e centradas nas necessidades individuais.
Com isso, temas como bem-estar, jornada personalizada e autonomia na escolha de benefícios (com a possibilidade de optarem por benefícios flexíveis) ganham protagonismo nas estratégias de gestão de pessoas.
O que impulsiona a consumerização do trabalho?
Com a digitalização e a transformação das interações pessoais e profissionais, os empregados passaram a esperar uma jornada de trabalho que seja intuitiva, adaptada e responsiva, assim como as experiências de consumo que têm fora do ambiente corporativo.
Benefícios personalizados: a ponte entre a expectativa e a prática
Os benefícios corporativos são um dos pilares mais tangíveis da consumerização do trabalho. A personalização, que permite fazer escolhas, vai muito além da oferta tradicional de pacotes fixos: ela considera as preferências, fases da vida e necessidades distintas dos empregados para criar um portfólio relevante e adaptado às diferentes fases de vida desse colaborador.
Alguns exemplos de personalização incluem:
Além de melhorar a experiência individual, isso fortalece o senso de pertencimento e a percepção de valor.
O papel da inteligência de dados na consumerização
Para que a personalização seja possível em escala, é essencial contar com a inteligência de dados. Com o apoio de ferramentas de analytics, é possível compreender padrões de comportamento, preferências e necessidades específicas de diferentes grupos de colaboradores.
Um artigo da Forrester destaca que empresas data-driven têm um crescimento 30% maior do que aquelas que ainda não incorporaram essa prática, enfatizando a importância da análise de dados na formulação de estratégias de sucesso.
Na prática, os dados podem ser coletados por meio de:
Com isso, é possível identificar, por exemplo, que empregados em home office valorizam mais benefícios relacionados à ergonomia e conexão digital, enquanto profissionais com filhos pequenos priorizam subsídios educacionais e suporte psicossocial.
Na WTW, ferramentas de People Analytics são utilizadas para interpretar esses dados e ajustar continuamente os programas, aumentando não apenas o retorno sobre o investimento (ROI), mas também o valor percebido (VOI).
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Consumerização e impacto no employer branding
Personalizar a jornada do empregado vai além da retenção: também impacta diretamente na atração de talentos e no fortalecimento da marca empregadora. Organizações que oferecem experiências flexíveis e adaptadas posicionam-se como inovadoras, empáticas e alinhadas ao futuro do trabalho.
Esse movimento reforça o employer branding além do discurso, mas como uma prática que é observada no cotidiano.
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