Eventos ambientais extremos deixaram de ser exceções e passaram a marcar, com frequência crescente, o cotidiano de empresas, comunidades e governos. No âmbito empresarial, os riscos não se limitam a desastres naturais: danos causados diretamente por atividades industriais, como vazamentos de produtos químicos, acidentes em obras ou descarte inadequado de resíduos, também têm gerado prejuízos relevantes.
“Nosso papel tem sido de educar o mercado, porque ainda existem muitas dúvidas sobre o que é o seguro ambiental e para que serve”
Mariana Velasco | Especialista em seguros ambientais da WTW
Neste cenário de intensificação dos impactos ambientais, cresce também a demanda por estratégias mais robustas de prevenção e resposta. Soluções como sistemas de gestão ambiental, protocolos de monitoramento contínuo, investimentos em inovação limpa e instrumentos financeiros passaram a integrar o planejamento das empresas que desejam mitigar riscos e se manter sustentáveis a longo prazo.
O desafio da responsabilidade ambiental no Brasil
A legislação brasileira impõe o princípio do "poluidor-pagador", que responsabiliza o agente causador por qualquer dano ambiental, mesmo que acidental. Isso significa que, diante de um incidente, a empresa pode ser obrigada a arcar com os custos de limpeza, reparação ambiental, indenizações a terceiros e ainda enfrentar sanções administrativas.
A crescente pressão de órgãos reguladores e da sociedade também tem levado empresas a repensarem suas estratégias de prevenção. Para além de cumprir exigências legais, mitigar riscos ambientais também é uma forma de preservar a continuidade operacional e a reputação da marca.
Como mitigar riscos ambientais: caminhos e prevenção
Quando se trata de riscos ambientais, a prevenção começa muito antes da ocorrência de um acidente. Existem diversas estratégias adotadas por empresas que buscam minimizar sua exposição a passivos ambientais:
Entre essas opções, o seguro ambiental surge como um complemento essencial, especialmente para incidentes imprevistos. Apesar de muitas empresas já adotarem políticas de gestão ambiental, a contratação de seguros específicos para riscos ambientais ainda não é uma prática amplamente difundida, o que revela um espaço significativo para amadurecimento e conscientização do mercado.
"Nosso papel tem sido de educar o mercado, porque ainda existem muitas dúvidas sobre o que é o seguro ambiental e para que serve", explica Mariana Velasco, especialista em seguros ambientais da WTW.
De mineradoras a shoppings: quem precisa?
Todas as empresas que exercem atividades com potencial poluidor devem considerar esse tipo de proteção. Isso inclui setores como:
Além disso, a experiência relatada pela Mariana revela um ponto crítico sobre o mercado: a falta de conhecimento técnico ainda é um entrave relevante para a contratação adequada do seguro ambiental.
Esse cenário reforça a importância de ações educativas no setor, que não apenas esclareçam o papel do seguro, mas também orientem sobre sua aplicação correta conforme o tipo de atividade e operação da empresa. Entenda mais:
Instalações fixas
Para empresas com operações permanentes, como fábricas, hospitais ou centros de distribuição. Cobre riscos como vazamentos e contaminação de solo ou água.
Transportes
Voltado para o deslocamento de mercadorias, especialmente perigosas, cobrindo acidentes, vazamentos e danos causados durante o trajeto.
Obras e serviços
Indicado para atividades temporárias, como construções, manutenção industrial ou coleta de resíduos, que podem gerar poluição acidental.
Nesse contexto, o seguro ambiental figura como uma das ferramentas possíveis dentro de um conjunto maior de soluções. Sua aplicação, quando bem orientada, contribui para uma abordagem integrada e eficiente da gestão de riscos ambientais.
Se quiser entender melhor como essas soluções podem ser aplicadas ao seu negócio, fale com um especialista da WTW.
