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Artigos

O impacto dos distúrbios alimentares no bem-estar

Por Celso Carrete | Maio 27, 2025

Os transtornos alimentares estão impactando diretamente os empregados por conta da rotina intensa de trabalho.
Employee Experience|Health and Benefits|Employee Wellbeing
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Distúrbios alimentares: o que são e como se manifestam

Em um ambiente corporativo marcado por pressões constantes, prazos apertados e jornadas intensas, transtornos alimentares como a compulsão e o grazing vêm se tornando cada vez mais frequentes e silenciosos. Neste artigo, propomos uma reflexão sobre como nossos hábitos e a relação com a comida influenciam a rotina de trabalho, além de discutir o papel das empresas na promoção do bem-estar integral dos empregados.

Distúrbios alimentares são condições psiquiátricas caracterizadas por padrões persistentes e disfuncionais de comportamento alimentar. Entre os mais comuns, estão a anorexia, a bulimia e a compulsão. Esta última se manifesta como a ingestão de grandes quantidades de alimentos em um curto espaço de tempo, acompanhada por sentimento de culpa e perda de controle.

Outro comportamento que tem ganhado cada vez mais atenção é o grazing, ou o “pastoreio alimentar”, que se define pelo consumo repetitivo de pequenas porções ao longo do dia, sem fome real ou planejamento. Quando associado a fatores emocionais, como ansiedade e depressão, esse hábito pode configurar um transtorno alimentar.

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, estima-se que mais de 70 milhões de indivíduos ao redor do mundo convivam com algum tipo de distúrbio alimentar. As origens são complexas e multifatoriais, englobando componentes genéticos, emocionais, culturais e ambientais.

Entre esses fatores, de uma forma alarmante, o ambiente de trabalho tem se consolidado como uma influência crescente e significativa.

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O reflexo no ambiente corporativo

Transtornos dessa natureza não afetam apenas a esfera pessoal, mas se estendem de forma silenciosa em outros aspectos da vida, manifestando-se por meio de sinais sutis como alteração de humor, dificuldade de concentração e queda de energia ao longo do dia.

Esses sintomas, muitas vezes atribuídos exclusivamente ao estresse profissional, podem na verdade, sinalizar um desequilíbrio mais profundo ligado à relação com a comida e ao estado emocional subjacente.

No Brasil, segundo levantamento da USP com apoio do Ministério da Saúde, cerca de 15 milhões de pessoas já apresentaram, em algum momento da vida, sintomas compatíveis com transtornos alimentares , um dado que reforça a urgência de ações preventivas, inclusive no ambiente de trabalho.

O estímulo à produtividade a qualquer custo, aliado à ausência de pausas estruturadas para uma alimentação adequada cria um terreno fértil para hábitos como o grazing compulsivo, frequentemente subestimado como uma simples distração.

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O papel das empresas na promoção da saúde

É encorajador saber que as empresas têm à disposição um amplo leque de estratégias para atuar de forma preventiva e acolhedora diante desses desafios impostos.

Entre as abordagens mais eficazes, destacam-se:

  • Desenvolvimento de campanhas educativas que integrem alimentação consciente e saúde mental;
  • Inclusão de atendimentos nutricionais e psicológicos no portfólio de benefícios corporativos;
  • Adequação dos espaços e da agenda de trabalho para garantir refeições em ambientes apropriados e com o tempo suficiente para o descanso alimentar;
  • Capacitação contínua das lideranças para identificar comportamentos de risco e promover um acolhimento sensível aos empregados.

A adoção de uma política de bem-estar estruturada permite que as organizações integrem iniciativas com maior efetividade, promovendo uma cultura mais empática, sustentável e orientada ao cuidado integral.

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Uma abordagem em 5 pilares

Promover a saúde no ambiente corporativo exige uma visão profunda e integrada. Os distúrbios alimentares são apenas uma das muitas manifestações de desequilíbrios mais complexos, refletindo como o bem-estar das pessoas está interligado em múltiplas dimensões de suas vidas.

Na WTW, adotamos uma abordagem holística e integrada, baseada em 5 fatores-chave que ajudam empresas a enxergar o cuidado com as pessoas de forma mais estratégica e humana:

Físico: apoiar a saúde por meio da prevenção, promoção de hábitos saudáveis e no cuidado com condições crônicas ou inesperadas.

Emocional: suporte psicológico, fortalecimento da resiliência e capacitação para lidar com gatilhos emocionais.

Financeiro: fomentar a segurança por meio da educação financeira, planejamento e proteção contra imprevistos.

Social: fortalecer vínculos, promover a inclusão, diversidade e colaboração nos espaços de convivência.

Espiritual: incentivar a conexão com propósito, valores e escolhas pessoais que dão sentido à vida.

Cada um desses pilares representa uma porta de entrada para a construção de um ambiente organizacional saudável e equilibrado. Juntos, eles formam a base para uma cultura organizacional que coloca o ser humano no centro de suas atenções.

Este foi o tema do informativo de saúde de abril de 2025, disponibilizado pela WTW para os clientes de Saúde e Benefícios, para que promovam a educação em saúde e bem-estar entre seus colaboradores.

É tempo de transformar o cuidado em estratégia e o bem-estar em valor. A WTW está pronta para caminhar ao seu lado nessa jornada. Fale conosco e descubra como!

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Consultor médico da WTW
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