No cenário digital atual, a governança de riscos cibernéticos se tornou essencial para o sucesso e sustentabilidade de organizações. Já discutimos as principais descobertas do relatório Cyber in Focus 2024 (disponível em inglês) da WTW, que revela informações relevantes para antecipar e mitigar esses riscos.
Hoje, vamos aprofundar a discussão sobre o envolvimento das lideranças, dos conselhos de administração e executivos de C-Levels nas responsabilidades diretas na supervisão da cibersegurança. Confira!
Liderança na segurança: o papel dos conselhos de administração
Em um ambiente onde as ameaças cibernéticas se tornam cada vez mais sofisticadas, o papel das lideranças na proteção dos ativos digitais é fundamental. De acordo com o relatório da WTW, 66% das empresas hoje contam com um conselho ou liderança executiva na supervisão da estratégia de cibersegurança, evidenciando um aumento significativo na responsabilização dos líderes e no comprometimento com a resiliência organizacional.
Pesquisas do World Economic Forum reforçam que a integração entre governança e cibersegurança é essencial para mitigar riscos. No relatório de 2024, o fórum destaca que falhas de segurança cibernética podem ter consequências amplas para a economia global, exigindo das empresas uma postura mais proativa e estratégica para lidar com esses riscos complexos.
Comunicação constante
Além de estar diretamente envolvida na gestão de riscos, a alta liderança de muitas das organizações entrevistadas pela WTW, está comprometida em se manter informada sobre mudanças no cenário de ameaças. Dentre as participantes, 60% relataram que seus conselhos recebem atualizações mensais ou trimestrais sobre o panorama de cibersegurança da organização.
Essa prática de comunicação contínua é especialmente importante em setores altamente regulados, onde o nível de exposição ao risco é elevado. No setor financeiro, por exemplo, o FFIEC recomenda que conselhos e comitês executivos não apenas monitorem, mas também revisem periodicamente a eficácia das estratégias aplicadas, ajustando-as conforme necessário.
Uma proteção estratégica adicional
Com o aumento das responsabilidades da alta liderança, cresce também a demanda por seguros especializados. Segundo a WTW, 45% das empresas já implementam seguros cibernéticos como parte da sua estratégia de mitigação de riscos, enquanto outros 32% consideram adotar essa proteção nos próximos anos.
É importante entender o seguro cibernético como uma estratégia que vai além de cobrir perdas financeiras; ele oferece acesso a uma rede de especialistas em gestão de riscos e respostas a acidentes. Além disso, possibilita a recuperação acelerada de sistemas, protegendo as operações da empresa em caso de interrupções.
Para as organizações, o seguro cibernético se torna uma extensão estratégica da sua política de governança. Confira o episódio do POD+Seguros “A importância do seguro para proteger o mundo digital contra os riscos cibernéticos”.