Resultados da pesquisa 2021 Company Car Benefits
A mobilidade dos empregados poderá não mais retornar aos níveis anteriores à pandemia. De acordo com nossa Pesquisa Flexible Work and Rewards: 2021 Design and Budget Priorities, os respondentes esperam que, em três anos, a proporção de empregados trabalhando em casa em tempo integral será de quase oito vezes o que era há três anos.
Será difícil prever até que ponto o aumento do trabalho remoto afetará as políticas de automóvel das empresas a longo prazo.
A menor frequência de empregados indo ao escritório e visitando clientes certamente terá um impacto sobre uma ampla variedade de elementos da remuneração, incluindo o subsídio para o uso de transporte público, vale-refeição, ajuda de custo para trabalhar em casa, bem como o automóvel da empresa e o subsídio a automóveis. O quanto o aumento no trabalho remoto afetará as políticas de automóveis das empresas no longo prazo pode ser algo difícil de prever. Dependerá do nível de flexibilidade que as organizações implementarem, por exemplo, a frequência com que os empregados escolherão/serão solicitados a ir a um local de trabalho, bem como mudanças nas preferências de meios de locomoção (automóvel x transporte público x outros meios de transporte).
Lançamos a pesquisa Willis Towers Watson 2021 Company Car Benefits, em 2020, durante a pandemia. Quase metade dos respondentes (45%*) confirmaram que pretendem revisar a política de benefícios de automóvel da empresa durante os próximos 12 meses. Também exploramos tópicos como o foco dessas revisões e onde as organizações veem oportunidades para otimizar esquemas de mobilidade de empregados, quando a própria mobilidade está reduzida e pode continuar dessa forma por um longo prazo.
Abaixo, resumimos os resultados em toda a Ásia-Pacífico, Europa, Oriente Médio, África e América Latina. Observamos grandes variações entre regiões, bem como variações entre países em uma mesma região.
Ásia-Pacífico | |
---|---|
Filipinas | 52% |
Indonésia | 43% |
Vietnã | 43% |
Europa, Oriente Médio e África | |
Romênia | 74% |
Bélgica | 62% |
Reino Unido | 61% |
América Latina | |
Colômbia | 61% |
Chile | 59% |
México | 58% |
Depois de mais de um ano de pandemia, não é surpreendente descobrir que as organizações estão focadas na redução de custos como um objetivo para a revisão das políticas. Mais de um terço (34%*) dos respondentes afirmou que a redução de custos é um objetivo de suas mudanças de política. Outras áreas de preocupação mais proeminentes também subiram para o topo da lista.
73%* dos respondentes notaram que se alinhar às melhores práticas do mercado e garantir a competitividade eram objetivos críticos de sua futura revisão da política de automóveis. Quando fornecido, o automóvel da empresa é geralmente considerado um componente importante do pacote de remuneração total. Oferecer um automóvel pode ser um fator decisivo para alguns candidatos no momento da contratação. As negociações podem ser ainda mais afetadas pela marca e modelo oferecidos.
O segundo objetivo mais comum da revisão da política de automóvel da empresa em 2021 é harmonizar as políticas entre os países ou subsidiárias. 36%* dos respondentes irão revisar isso. A gestão descentralizada das políticas e práticas de automóveis é comum devido às legislações tributárias locais, necessidades do negócio e preferências dos empregados, por exemplo. Dito isso, o objetivo sugere que as matrizes das empresas estão interessadas em compreender as diferenças e semelhanças entre os países para moldar uma estrutura global ou regional.
As políticas de benefícios de automóvel das empresas são compostas de muitos detalhes. Há muitas coisas a considerar ao otimizar sua política: desde a marca do veículo, modelo e opcionais, tipo de combustível/elétrico, pneus, vaga de estacionamento, manutenção e reparo, tetos de emissão de CO2, multas ou soluções alternativas de mobilidade, como bicicletas, carona solidária e transporte público.
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Não é de se surpreender que as mudanças mais comuns nas políticas de benefícios de automóveis das empresas estão relacionadas a marcas e modelos (36%* dos respondentes). A revisão de marcas e modelos é o foco de mais da metade dos respondentes em sete países pesquisados na América Latina. Na Europa, as mudanças estão sendo planejadas por pelo menos metade dos respondentes na Hungria, Polônia e Espanha. Um contrato de leasing normalmente dura de 3 a 5 anos, após os quais um novo automóvel pode ser selecionado. Simultaneamente, os fabricantes de automóveis e as empresas de leasing continuam atualizando suas ofertas. Além disso, quando o mercado é baseado em veículos importados, as flutuações da moeda podem impactar a disponibilidade e o custo dos veículos novos. Portanto, é importante ficar de olho nos requisitos da organização, bem como nas condições do mercado de veículos para manter uma política competitiva. A revisão de marcas e modelos também pode possibilitar possíveis sinergias na gestão da frota de uma perspectiva regional, por meio de acordos regionais com montadoras ou empresas de leasing.
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25%* dos respondentes também procuram introduzir automóveis mais ecológicos em 2021. Os mercados onde essas iniciativas são mais comuns (mais da metade dos respondentes planejam) estão todos na Europa Ocidental: Dinamarca, França, Itália, Luxemburgo, Espanha e Suécia. Mais e mais países têm introduzido legislações para promover veículos de baixas emissões ou alternativas aos automóveis como um meio mobilidade. Portanto, oferecer veículos híbridos ou elétricos pode não apenas ajudar a reduzir as emissões de CO2 pelas organizações, mas também ajudar a reduzir custos por meio de eficiências fiscais. Na Irlanda, Holanda e Noruega, os executivos têm uma chance maior de selecionar um veículo elétrico puro por meio da política de automóvel. É provável que a alta prevalência esteja ligada aos incentivos fiscais oferecidos em relação aos automóveis elétricos e/ou emissões de CO2 nesses mercados.
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A terceira alteração mais comum seria a introdução de uma escolha entre um automóvel da empresa ou um subsídio em dinheiro para empregados elegíveis a um benefício de automóvel (14%*). Esta opção é interessante porque proporciona flexibilidade aos empregados e pode ser particularmente interessante em um novo ambiente de trabalho. Desde que o tipo de benefício introduzido seja em dinheiro, isso também irá aliviar o fardo de administração de automóveis para a organização.
Existem mercados onde a escolha pelo empregado quanto ao tipo de benefício já prevalece, por exemplo, na Escandinávia.
O plano de introduzir a escolha é observado nos mercados independentemente do tipo de benefício prevalente atual (automóvel ou dinheiro). Por exemplo, na Indonésia, onde dinheiro é mais comum do que automóvel, 46% dos respondentes estão procurando introduzir a escolha. Na França, onde o automóvel é o tipo de benefício mais prevalente, um terço (33%) dos respondentes planejam introduzir a escolha pelo empregado entre um automóvel e um subsídio.
Em muitos países, o automóvel e/ou o subsídio em dinheiro são fornecidos para melhorar a remuneração líquida, e isso não deve ser ignorado ao decidir-se sobre o tipo de benefício a oferecer; automóvel ou subsídio em dinheiro para automóvel ou a possibilidade de escolha.
O RH e a administração de frota podem usar os dados de mercado para compreender a variedade de práticas que conduzem a mobilidade dos empregados e para comparar os orçamentos em um determinado país. É fundamental ajudar a garantir que seus programas locais sejam competitivos, dadas as mudanças nas tendências de mercado que estamos observando. Estamos apenas começando a entender o impacto da pandemia na maneira como queremos e podemos trabalhar.
O monitoramento das políticas de automóvel e de mobilidade de empregados tem impacto no quão bem uma organização gerencia os custos e as expectativas dos empregados, e no modo como atende aos critérios ambientais.
*Média dos 78 países pesquisados