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Press Release

Inflação e alta demanda de serviços médicos impulsionam taxa de custos de saúde no Brasil para 15% em 2023

Dezembro 2, 2022

Health and Benefits
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  • Pesquisa “Global Medical Trends 2023”, realizada pela WTW, prevê que no próximo ano a tendência no custo dos benefícios permanecerá alta, até 10% da média global, com a previsão de um aumento maior nos próximos três anos.
  • O câncer, as doenças cardiovasculares e as doenças osteomusculares ocupam os primeiros lugares em custo, sendo esta última a principal enfermidade por incidência de sinistros neste ano, ante a quinta colocação no ano passado.

SÃO PAULO, Dezembro 2, 2022 — As altas taxas de inflação, que no Brasil deve fechar em 5,6% em 2022, bem como o aumento da demanda por serviços médicos privados em decorrência da pandemia da COVID-19, impulsionaram os aumentos projetados no mercado global de custo dos benefícios de saúde ao seu nível mais alto nos últimos 15 anos, revela a pesquisa 'Global Medical Trends 2023', produzida pela WTW.

A pesquisa prevê que a tendência no custo dos benefícios de saúde no Brasil terá uma ligeira queda, alcançando o patamar de 14,8% em 2023, ante os 15,9% de 2022.

Globalmente, a taxa permanece alta atingindo 10% no próximo ano e espera-se aumentos maiores ou significativamente maiores nos próximos três anos, de acordo com a maioria das seguradoras pesquisadas.

Na América Latina, 69% das seguradoras projetam uma tendência média maior ou significativamente maior durante esse período, assim como 84% na Europa, 73% na Ásia-Pacífico e 60% no Oriente Médio e África.

A pesquisa também revela que a tendência do custo global dos benefícios de saúde aumentou de 8,2% em 2021 para 8,8%, acima do esperado em 2022; e que isso afetará muitas regiões, incluindo a América Latina, onde os aumentos médios são projetados de 18,2% para 18,9%; Ásia-Pacífico (6,9% a 10,2%); e Oriente Médio e África (10,5% a 11,5%).

A América do Norte é a única região onde se projeta um declínio na inflação médica, na qual a tendência deve cair de 9,4% em 2022 para 6,5% em 2023, embora as empresas não estejam necessariamente prevendo isso ainda.

Mesmo a Europa, que tradicionalmente tem visto aumentos de custos muito menores, não está excluída dos níveis recordes das taxas. Até 2023, os aumentos médios devem chegar a 8,6%, acima dos 8,0% em 2022.

“A inflação global e o aumento do uso de assistência médica após a pandemia estão causando um duplo golpe nos custos médicos em todo o mundo”, disse Kevin Newman, head de saúde e benefícios na Europa da WTW.

“O resultado final é que esses grandes aumentos são insustentáveis. Empresas e seguradoras precisarão desenvolver estratégias e soluções para controlar os custos a níveis mais gerenciáveis”, acrescentou.

O principal fator de custos médicos, de acordo com as seguradoras, continua sendo o uso excessivo de alguns cuidados devido aos médicos recomendarem muitos serviços ou prescreverem demais (64%). O excesso de uso pelos segurados (59%) é o segundo fator principal; assim como a subutilização dos serviços preventivos (38%) também é um fator de custo significativo, que aumenta ano a ano devido, em parte, à evasão de atendimento médico durante a pandemia.

Os aumentos dos custos médicos são impactados pelas práticas descritas acima e pelos fatores econômicos de impacto em cada país e/ou região de forma particular.

Taxa de custos de saúde na América Latina

Tabela apresenta a taxa de custos médicos nos países da América Latina para 2023, tendo o Brasil uma projeção de 14.8% e Chile com a menor taxa da região, com 7.5%.
2021 2022 2023
Global* 8.2% 8.8% 10.0%
América Latina* 15.2% 18.2% 18.9%
Argentina 66.7% 78.7% 79.7%
Brasil 9.7% 15.9% 14.8%
Colômbia 9.0% 12.3% 13.0%
Chile 4.7% 6.0% 7.5%
México 13.1% 13.7% 15.4%
Perú 9.4% 8.1% 8.6%

* As taxas de tendências globais e regionais são ponderadas pelo PIB per capita. Devido à natureza hiperinflacionária da economia venezuelana, a Venezuela foi excluída dos totais regionais e globais da América Latina.

Entre as doenças mais caras para as seguradoras estão, como no ano passado, o câncer, as doenças cardiovasculares e as osteomusculares, que ocupam os três primeiros lugares. Curiosamente, os entrevistados classificaram a condição musculoesquelética como a principal condição por incidência de sinistros neste ano, em comparação com a quinta no ano passado.

A pesquisa também destacou que a telemedicina continua ganhando espaço na prestação de cuidados de saúde e gestão de custos, subindo do terceiro lugar na pesquisa do ano passado para o segundo lugar neste ano. As seguradoras novamente classificaram as redes de provedores contratados (70%) como o método mais eficaz de gerenciamento de custos médicos.

“A acessibilidade dos cuidados de saúde continua sendo uma prioridade para seguradoras, empresas e empregados. À medida que avançamos para o próximo ano, vemos um ano desafiador para as empresas, pois elas tentam equilibrar a convergência da crescente tendência médica, pressões salariais e a necessidade de continuar promovendo iniciativas de Diversidade e Inclusão globalmente, enquanto lidam com possíveis mercados em recessão.” , concluiu Francis Coleman, Diretor Geral de Soluções Integradas e Globais da WTW.

A pesquisa WTW foi realizada entre julho e setembro de 2022 com a participação de 257 seguradoras líderes representando 55 países. Os dados de tendências médicas dos Estados Unidos foram extraídos de outras pesquisas da WTW.

Sobre a WTW

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