Um espaço da WTW para debater temas que impactam diretamente a gestão de pessoas nas empresas.
Meu nome é Vania Brito, sou gerente executiva da área de vida e hoje vamos falar de um assunto que por muito tempo foi tratado apenas como uma formalidade no pacote de benefícios, mas que vem ganhando um novo papel dentro da estratégia das empresas: o seguro de vida.
Vamos bater um papo com a Telma Nagano, diretora da área de seguros de vida.
Olá, Telma! Bem-vinda à nossa conversa.
[TELMA NAGANO] Olá, Vânia! Obrigada pelo convite.
[VANIA BRITO] Telma, por que o seguro de vida ainda é um benefício tão subestimado dentro das empresas?
[TELMA NAGANO] Então, o seguro de vida ainda é visto por muitas pessoas como um benefício distante ou até mesmo como algo obrigatório em convenção coletiva.
Mas o cenário já começou a mudar.
Segundo algumas pesquisas por consultoria de RH, hoje, cerca de 66% das empresas no Brasil oferecem um seguro de vida aos seus colaboradores.
Isso mostra que o tema está, sim, ganhando espaço nas áreas de benefício.
Agora, o que a gente percebe, conversando com os nossos clientes, é que muitas vezes falta direcionamento dentro da empresa, principalmente na hora de comunicar esse benefício, o que ele realmente significa?
Muita gente tem o seguro e nem sabe o que ele cobre.
Qual o valor da indenização, ou como isso pode ajudar em uma situação difícil.
Depois da pandemia, o interesse por proteção cresceu bastante.
As pessoas começaram a refletir mais sobre imprevistos e passaram a contratar seguro de forma individual.
Só em 2024, por exemplo, o seguro de vida individual cresceu mais de 21% em relação ao ano anterior.
Isso mostra uma mudança clara de comportamento.
Então, para mim, o seguro de vida não é subestimado porque não tem valor.
Pelo contrário, ele tem muito.
Mas falta falar sobre ele de forma simples, acessível e humana.
E, por que não, leve.
Quando o colaborador entende o que aquele benefício pode amparar a família dele no momento difícil, tudo muda.
[VANIA BRITO] Telma, você costuma dizer que o seguro de vida vai além da morte.
Pode explicar o que isso significa na prática?
[TELMA NAGANO] Claro, essa é uma pergunta super atual.
Muita gente ainda pensa no seguro de vida só como algo que protege a família no caso de morte.
Mas o mercado evoluiu, e hoje, o seguro de vida também protege o funcionário em vida.
Na prática, isso significa que o colaborador pode contar com o seguro em momentos difíceis, dentro de uma realidade do seu dia a dia.
Um bom exemplo é a cobertura para doenças graves como câncer, AVC, infarto.
Em vez de esperar uma perda para acionar o seguro, o funcionário recebe o valor ainda em vida, o que pode fazer toda a diferença no tratamento, nos cuidados e na tranquilidade da família.
E tem mais.
Muitos seguros, hoje, oferecem assistência do dia a dia, como uma telemedicina, orientação psicológica, suporte nutricional, segunda opinião médica.
Tudo isso faz parte de um pacote de benefício que mostra o quanto o seguro está cada vez mais conectado ao bem-estar das pessoas.
O seguro de vida moderno não é só um amparo futuro.
Ele é aliado presente, cuidando de quem faz a empresa acontecer todos os dias.
[VANIA BRITO] De fato, Telma, são coberturas de extrema importância hoje, no nosso dia a dia, né?
Como o RH pode evitar que o seguro de vida seja apenas um papel assinado no onboarding?
[TELMA NAGANO] Isso é uma barreira bem significativa no dia-a-dia do RH, que já faz muitas coisas e tem inúmeros papéis na sua rotina.
Eu entendo que papel do RH é transformar esse benefício em algo vivo, presente no dia a dia do colaborador.
Esse processo começa pela comunicação.
Não basta só entregar o contrato. É preciso explicar de forma clara o que o seguro cobre, quando ele pode ser acionado e, principalmente, mostrar que ele vai muito além da morte, como a gente falou anteriormente.
Outra dica, é trazer o seguro para as ações de qualidade de vida e bem-estar da empresa.
Por exemplo, se a apólice oferece telemedicina, orientação psicológica ou nutricional, isso pode e deve ser comunicado em campanhas internas, rodas de conversa ou até mesmo em momentos como Janeiro Branco, Outubro Rosa ou campanhas de saúde mental.
A WTW participa desses processos junto aos seus clientes, participando ativamente nessas semanas de SIPAT, por exemplo.
O RH também pode incluir o tema em treinamentos, integração de materiais internos, reforçando que esse é um benefício estratégico e não apenas burocrático.
[VANIA BRITO] Quais mudanças você tem visto nas empresas que passaram a tratar o seguro de vida como uma estratégia e não apenas como um custo?
[TELMA NAGANO] Legal. A empresa que enxerga o seguro de vida como um benefício estratégico começa a colher resultados que vão muito além da proteção financeira.
Primeiro, eles criam um ambiente de maior confiança e segurança psicológica.
O colaborador sente que a empresa se preocupa com ele e com a família.
Isso gera engajamento.
Depois, há um fortalecimento da marca empregadora.
Em um mercado competitivo, atrair e reter talentos passa por oferecer benefícios que tenham propósito e o seguro de vida, quando bem comunicado, se torna um símbolo de cuidado real.
Essas empresas também conseguem integrar o seguro ao discurso de bem-estar, mostrando que ele faz parte de uma estratégia maior de saúde emocional, planejamento financeiro e suporte em momentos críticos.
[VANIA BRITO] Certo, você comentou sobre casos reais.
Você pode compartilhar algum caso que ilustre como o seguro de vida faz a diferença para alguém?
[TELMA NAGANO] Claro. Trabalhar com esse tema há mais de 28 anos me traz muitas histórias que mostram o impacto real do seguro de vida.
Por isso, para mim, o seguro de vida é um propósito.
Não só quem recebe o benefício, mas também para quem está por perto.
Colegas, RH, liderança, faz muita diferença.
Lembro de um caso que me marcou muito.
Um diretor financeiro recebeu uma indenização por doenças graves após ser diagnosticado com câncer.
Não me recordo exatamente o tipo de câncer.
Com esse recurso, ele conseguiu iniciar um tratamento fora do país, algo que talvez, se ele não tivesse o seguro, não seria possível.
Meses depois, colegas que ainda estavam na empresa reencontraram esse diretor em um evento e receberam o feedback de que ele estava no processo de remissão.
Foi emocionante. A sensação era de que o benefício, muitas vezes invisível, tinha feito toda a diferença naquele momento.
Isso, por óbvio, traz o engajamento dos demais e o entendimento da real importância do benefício que a empresa oferece.
Outro caso que eu lembro foi de um gerente de TI que sofreu um acidente fatal enquanto ele se deslocava de uma planta para outra, que é muito comum isso.
Quando a gente fala de indústria, né?
Foi um momento muito difícil, claro.
Mas graças ao seguro e ao suporte da assistência 24 horas, a família recebeu todo o amparo necessário de forma rápida e o RH conseguiu agir de forma precisa.
E o benefício se transformou em cuidado concreto naquele instante em que a dor era inevitável, o suporte fez toda a diferença.
[VANIA BRITO] Realmente faz toda a diferença. É até gratificante, né?
Para a gente que trabalha com seguro de vida.
Ouvir esses casos de sucesso no dia a dia.
Como esses casos mostram o valor do benefício para o RH e para a organização?
[TELMA NAGANO] Eu entendo que esses casos deixam claro que o seguro de vida não é só um documento guardado na gaveta.
Para o RH, eles reforçam o papel de protagonista no cuidado com as pessoas e contar com a empresa especializada no tema faz muita diferença.
Já para o clima organizacional, o efeito é poderoso.
Os colegas percebem, como eu comentei um pouco lá atrás, que a empresa está presente nos momentos mais difíceis e isso cria um laço de confiança que nenhum discurso, sozinho, conseguiria construir.
Além disso, o benefício bem comunicado.
Por isso, a gente reforça muito a questão da comunicação.
É utilizado...
E transmite uma mensagem de que o colaborador não é um número, mas alguém cuja família e a vida importam para a empresa.
Isso fortalece a cultura de cuidado, gera pertencimento e, de forma indireta, melhora até o engajamento e a produtividade.
[VANIA BRITO] Certo. Quando a gente fala de engajamento, produtividade olhando um pouco mais sobre o redesenho da apólice.
De que forma que a análise de dados tem ajudado empresas a redesenhar as apólices de forma mais eficiente e justa?
[TELMA NAGANO] Esse é um dos grandes diferenciais na gestão moderna de apólices de seguro de vida.
Quando a empresa conta com uma análise de dados bem feita, a visão muda completamente.
É como se a gente tivesse um raio-X detalhado da carteira, que mostra o perfil do seu colaborador, a frequência de incidentes, e até, onde estão os maiores riscos.
Isso permite direcionar ações pontuais, incluir coberturas mais relevantes para a realidade da equipe, buscar produtos mais adequados e até corrigir possíveis falhas, sejam riscos jurídicos, problemas de processo ou de comunicação.
E quando o RH trabalha junto com uma consultoria especializada, essa inteligência de dados vai ainda mais longe, é possível traçar estratégias técnicas, fazer benchmarking com empresas do mesmo segmento e, em alguns casos, até gerar impacto positivo no planejamento de saúde e nos resultados financeiros.
No fim, não se trata apenas de ajustar uma apólice, mas de criar um benefício mais eficiente, mais justo e totalmente alinhado às necessidades reais da empresa.
[VANIA BRITO] Ok, como que a WTW atua para que o seguro de vida não seja apenas um reembolso, mas parte da estratégia de cuidado?
[TELMA NAGANO] Aqui na WTW enxergamos o seguro de vida como uma verdadeira jornada e não como um simples pagamento quando algo acontece.
tudo começa com um produto bem desenhado para o perfil da empresa.
Mas vai muito além disso.
Nós oferecemos apoio técnico e operacional do dia a dia, garantindo que o benefício esteja sempre adequado às necessidades reais.
Principalmente, atuamos lado-a-lado com o RH para que, nos momentos mais delicados, haja acolhimento e agilidade no atendimento.
Nosso papel é antecipar e prevenir problemas para que a empresa possa cuidar melhor de seus colaboradores e, ao mesmo tempo, alcançar uma satisfação e confiança por parte de quem trabalha.
Então, o seguro deixa de ser apenas uma transação financeira e passa a ser parte viva da cultura de cuidado da empresa.
[VANIA BRITO] Certo, Telma. Muito interessante o tema.
E muito obrigada, mais uma vez, pela sua presença.
Obrigada a vocês, pelo convite.
[VANIA BRITO] Quer entender como transformar o seguro de vida na sua empresa?
Acesse o nosso site e fale com um especialista da WTW.
Bom, chegamos ao fim de mais um podcast Saúde e Benefícios.
Hoje falamos sobre o seguro de vida como um pilar, muitas vezes invisível, mas essencial dentro da estratégia de benefício.
Mais do que uma apólice, é uma decisão que protege, acolhe e gera confiança para os empregados e para o RH.
Mais uma vez, obrigada pela presença, Telma.
E obrigada a todos por nos acompanharem neste episódio.
Até à próxima edição.
[VINHETA] Obrigado por participar do podcast Saúde e Benefícios.
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