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Podcast

O mundo do seguro de transportes

Episódio 14: O mundo do seguro de transportes

Dezembro 26, 2024

Risk and Analytics
N/A

Neste episódio, vamos falar sobre o seguro nos transportes, seus desafios, necessidades e as tendências com a frequente mudança na logística.

Episódio 14: O mundo do seguro de transportes

Transcrição do episódio

[MARCO] Muitas empresas buscam esse investimento para trazer eficiência logística, e no final do dia, acho que todo mundo que trabalha com logística é o que o pessoal quer, pagar um custo adequado para um nível de serviço alto, para ter o seu produto na prateleira, então aquilo que a gente consegue fazer para otimizar, diminuir o custo e trazer ganho operacional é tudo muito bem quisto, inclusive pro mercado de seguros, inclusive na operação, a gente tem um suporte enorme para essas inovações que privilegiam a tecnologia e garantem essa entrega no cliente final.

[ANNOUNCER] Você está ouvindo o POD+Seguros, uma série de podcasts da WTW, onde nós discutimos temas sobre seguros corporativos, gestão de riscos e outras novidades e tendências do mercado.

[BEATRIZ] Pessoal, sejam bem-vindos à mais um episódio do nosso podcast POD+Seguros. Meu nome é Beatriz Pessoa, e atualmente sou gerente técnica na área de transportes da WTW. A ideia hoje é explorar um pouquinho do mundo de seguro de transportes, as suas necessidades e tendências frente aos desafios logísticos atuais.

Hoje a nossa conversa será com Marco Darhouni, atual head de transporte, aviation e frota da WTW, que vai apresentar a sua visão de mercado e insights valiosos sobre estes temas. Também vamos explorar iniciativas inovadoras e as melhores práticas aplicadas no mercado.

Marco, bom dia, tudo bem?

[MARCO] Bom dia, Bia. Tudo bem, e com você?

[BEATRIZ] Tudo ótimo. Bom, primeiramente eu gostaria de te agradecer aqui, por estar participando conosco desse pod.

[MARCO] Eu que agradeço o convite, a oportunidade bem legal, muito boa pra gente conversar e demonstrar um pouquinho tudo que a gente pode ajudar e evoluir nesse tema.

[BEATRIZ] Legal. Bom, então vamos para a primeira pergunta. Marco, quais os desafios que o corretor de seguros atualmente enfrenta na colocação de riscos de transporte e como que a WTW tem se desenvolvido nas estratégias inovadoras para exceder essas dificuldades?

[MARCO] Bia, o corretor de seguros, cada vez mais ele tem um papel mais consultivo, né. Além de fazer todo o processo de colocação, ele também tem a questão de ser um consultor, e esse papel é fundamental porque ele auxilia demais na colocação. Hoje, essa questão de consultor, permite que ele faça a identificação e gestão dos riscos, que ele consiga analisar as exposições, recomendar as melhores coberturas, e proteger a exposição do cliente muitas vezes de exposições que ele até mesmo não sabia que tinha.

Baseado nisso, ele traz para essa realidade consultiva, a parte da colocação. E essa parte da colocação, é aquilo que faz a diferença junto ao mercado.

Então quando você traz melhores informações, mais capacitada, e você atua sempre nessa questão de mitigação do risco, você diminui a rejeição que a gente tem do mercado, e hoje, como você falou, a principal dificuldade que a gente tem junto ao mercado, é a aceitação do risco. Da maneira que você não impacte na operação logística.

Então, o mercado segurador tem uma visão mais conservadora do risco, o mercado, os clientes por si só, tem aquela questão de sempre estar inovando, trazendo para a logística dinamismo, melhorar a questão de custos, melhorar o desempenho logístico, e às vezes são conflitantes, e aí a dificuldade que a gente tem hoje nessas áreas, é de ter sinergia entre o que o cliente está tendo, versus aquilo que o mercado oferece.

Então, a parte da consultoria que a WTW presta na colocação de risco, na análise de logística e no controle e prevenção de perdas, são essenciais para você ter um custo adequado para a sua exposição de risco, para o seu seguro.

[BEATRIZ] Legal, Marco. E até entrando nessa pauta, você recentemente apresentou para o mercado em um evento de embarcadores e operadores logísticos, desafios logísticos, e dentre eles você citou a segurança, ou a falta dela. Dificultando aí a própria colocação do risco.

Então dentro desse cenário, você pode destacar para a gente a importância do gerenciamento de risco, não só no contexto do seguro, mas também como uma ferramenta estratégica de prevenção de perdas, garantindo a integridade da operação e também com reflexo na saúde da apólice?

[MARCO] Com certeza, Bia. O gerenciamento de risco é muito mais do que a contratação, né, como eu te falei, é você entender o risco, é você saber das exposições, saber aquilo que o mercado oferta, e é uma estratégia fundamental para a eficiência da operação logística.

Então você cuida do risco, não por causa do seguro, mas para que o seu produto chegue lá no cliente final, para que o seu produto esteja lá na gôndola da prateleira, e você consiga ter a dinâmica de venda, ou a entrega para um fornecedor que não vai parar uma linha de produção. Então em todos os casos, a questão de controle e prevenção de perdas, o gerenciamento de riscos em si, ele é essencial para quem trabalha em seguro e segurança.

Isso ajuda a gente a analisar, mitigar, potenciais riscos, e mostrar para as empresas que os riscos são muito mais daquela questão: "Ah, roubou", "Ah, tombou". Então tem outros riscos inerentes à operação de logística, de transporte, que também prejudicam e geram gaps na cadeia de suprimentos. E aí, prevenindo isso, através do controle e prevenção de perdas, a gente mantém aquela continuidade do negócio, a gente dá aquela recorrência, a gente faz com que as empresas continuem comprando porque sabem o nível de serviço da entrega do parceiro.

E você pode ver que historicamente, empresas que fazem um investimento no controle e prevenção de perdas, acabam tendo uma vantagem competitiva muito grande no seu mercado, porque elas trazem essa competitividade e a segurança que vai ter a mercadoria onde deveria.

[BEATRIZ] E Marco, e considerando o aumento do preço do combustível, a crescente demanda por fretes mais rápidos, e especialmente pro e-commerce, além dos investimentos necessários em tecnologia e automação, como que as empresas podem equilibrar esses fatores para reduzir o custo logístico sem comprometer a eficiência e a competitividade?

[MARCO] Além, da parte do transporte, a tecnologia também permite uma melhor gestão do estoque, na questão de WMS, que é gerenciamento de armazém, ela ajuda nos desperdícios na cadeia de suprimento, ela também permite uma análise de demanda melhor, então você consegue saber o seu nível de estoque, quando você consegue entregar.

Tudo isso tem a ver com custos logísticos.

E aí, tanto a questão do combustível, dos fretes, tá na busca do melhor equilíbrio entre a questão do custo adequado, e o nível de serviço adequado, então muitas empresas buscam esse investimento para trazer eficiência logística, e no final do dia, acho que todo mundo que trabalha com logística é o que o pessoal quer, pagar um custo adequado, para um nível de serviço alto, para ter o seu produto na prateleira.

Aquilo que a gente consegue fazer para otimizar, diminuir o custo, e trazer ganho operacional, é tudo muito bem quisto, inclusive pro mercado de seguros, inclusive na operação, a gente tem um suporte enorme para essas inovações que privilegiam a tecnologia e garantem essa entrega no cliente final.

[BEATRIZ] E Marco, na sua opinião, qual que que é impacto da lei 14.599 sobre o setor logístico e quais as mudanças que você acredita que essa lei vai trazer para as operações?

Essa lei, a 14.599, é uma lei que mudou toda a dinâmica do mercado de seguros, onde fez com que os transportadores tivessem também a obrigatoriedade de ter os seus seguros de acidentes e o de roubo. Onde antigamente só era a questão do roubo.

Ela tem outros poréns, que também ajudaram a determinar o mercado como ele se comporta hoje, com uma questão de não ter mais apólices de circulações, e a questão dos alinhamentos entre embarcador e transportador. Mas hoje a gente vive um momento muito diferente daquilo que a gente viveu ao longo dos últimos anos.

Então a gente ainda está numa fase final de adaptação, ela é uma lei recente, então próprio mercado de seguros, ele tinha algumas apólices com prorrogações, extensões, e agora a gente está vendo acabarem desenhos antigos de apólice, aplicando ao novo, mas é uma lei que permite que o mercado se adapte muito rápido, então o mercado de seguros sempre se adaptou muito rápido.

Então é uma lei que você preserva a operação em si e foca na entrega da mercadoria, naquele bem comum que é o que todo mundo quer, tanto o embarcador quanto o transportador, querem que a gente tenha essa carga entregue no seu destino final, sem nenhum problema, sem nenhuma intercorrência.

Então é uma lei que ajuda bastante, porém a gente tem essa questão das adaptações, ajustes de cada operação, o brilhante da logística é isso, é o que eu gosto muito, é que cada operação é uma operação singular, então cada operação você tem a sua customização, a sua dinâmica, o seu alinhamento, e acho que isso é extremamente importante, até o programa de seguros, eles são distintos, cada apólice, cada contrato, ele é totalmente distinto do outro, até de empresas do mesmo ramo de atividade.

[BEATRIZ] E como lidar com as políticas operacionais muitas vezes restritas das grandes seguradoras, na colocação de alguns tipos de atividades, pras quais se tem um conceito pré-definido?

[MARCO] É aquilo que eu estava comentando, Bia. As seguradoras gostam de riscos bem avaliados, riscos bem desenhados, definidos. Então quando você tem uma política de análise de risco, bem feita, onde o cliente tem uma preocupação com as suas exposições, que ele tem uma preocupação com controle e prevenção de perdas da sua operação, não tem restrição das seguradoras, porque elas entendem que o cliente está preocupado com o risco dela.

O que mais importa para a seguradora, é ter um cliente preocupado com o risco. Porque ela sabe que o cara vai fazer investimentos necessários, ela sabe que o pessoal vai tomar conta daquele risco e vai ouvir as sugestões de consultoria, controle e prevenção de perdas de bom grado. Não vai ser aquela coisa, simplesmente, ouvi, anotei e segue o jogo do jeito que está. Pelo contrário.

Esse é o principal conceito hoje no mercado, e a gente vê cada vez mais as seguradoras totalmente receptivas para isso, para quem tem a preocupação com o risco. E para que o seguro seja efetivamente, para quando tiver uma ocorrência que não estava prevista. Para isso que a gente tem seguro para você ter essa proteção.

Então, hoje, essas restrições que as seguradoras colocam, é muito mais para as empresas que ainda não tem essa cultura de controle e prevenção de perdas, que isso não faz parte do seu dia-a-dia, de mitigação de risco, para que ela tenha um pouco mais de senioridade, e saiba um pouquinho como que o mercado está se comportando.

Então a ideia é que, se você trouxer muitas vezes, esse conceito, de controle e prevenção de perdas, análise de risco, saber as suas exposições, saber onde você tem fragilidade na operação, paralelo a isso você tem uma reciprocidade no mercado segurador com relação a isso.

[BEATRIZ] Obrigada, Marco.

Bom, infelizmente, pessoal, chegamos ao fim, desse episódio do podcast onde a gente trouxe aqui reflexões sobre a prática de seguro e sua importância fundamental para a sociedade, porque é aquilo, um seguro bem colocado e administrado ajuda no crescimento das empresas e consequente do próprio país.

Marco, a gente agradece por compartilhar suas experiências conosco, você gostaria de deixar alguma mensagem final para os nossos ouvintes?

[MARCO] Não, eu que agradeço o convite, foi muito bacana bater esse papo com vocês, e deixar aqui aquele recado que o controle e a prevenção de perdas para todos os ramos de seguro, que são fundamentais, e é para isso que a gente está aqui, para dar esse suporte e consultoria. Obrigado.

[BEATRIZ] Mais uma vez, obrigada Marco, pelas suas valiosas contribuições, por dividir com a gente todo o seu conhecimento, e obrigada também a todos os nossos ouvintes por nos acompanharem nesse episódio, e até o próximo podcast.

[ANNOUNCER] Obrigado por participar do WTW POD+Seguros. Para mais informações, acesse nossas mídias sociais, e a sessão de insights no wtwco.com.

Sobre a moderadora


Beatriz Pessoa
Gerente de Transportes, WTW

Com mais de 8 anos de experiência no mercado de seguros, tendo passagem em seguradoras multinacionais, desempenhando diversas funções que expandiram seu conhecimento em gestão de riscos, colocação de seguros e programas globais de seguros, além de gestão de relacionamento com clientes.

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Sobre o convidado


Head of Marine, Hull, Aviation & Auto Fleet Brazil, WTW

Tem mais de 20 anos de experiência em Colocações e Prevenção e Controle de Perdas no mercado de seguros brasileiro, latino-americano e internacional. É responsável por colocações além de Transportes, dos ramos Aviação e Casco.

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