SÃO PAULO, 28 de junho de 2023 - De acordo com a Pesquisa Global de Atitudes de Benefícios 2022, elaborada pela WTW, a incidência de doenças relacionadas à saúde mental na comunidade LGBT+ é maior do que a do restante dos colaboradores na América Latina.
O estudo analisa as atitudes dos funcionários em relação aos seus benefícios e sua autopercepção em relação à saúde.
Ele destaca que, isolando os componentes de saúde física e de saúde mental, os funcionários da comunidade LGBT+ são mais impactados pelas condições de saúde mental do que pela saúde física, ressaltando a importância de programas de bem-estar organizacional focados na saúde emocional e mental.
Níveis mais altos de ansiedade e depressão foram observados entre os funcionários LGBT+ na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México.
Entre as descobertas mais importantes estão:
Sobre o último ponto, a pesquisa destaca que, o número de pessoas LGBT+ com graves níveis de ansiedade ou depressão é, praticamente, o dobro do que entre heretossexuais. Na Argentina, 16% das pessoas com ansiedade ou depressão são LGBT+ e 9% são heterossexuais. No Brasil, são 19% LGBT+ e 9% heterossexuais; no México, 11% são da comunidade LGBT+ e 5%, heterossexuais; e na Colômbia, 10% LGBT+ e 5% heterossexuais.
Entre os funcionários que relatam boa saúde física e mental, os LGBT+ têm mais problemas de saúde, mas os fatores que afetam o bem-estar estão relacionados mais à saúde mental do que à física.
Em relação ao que pode causar estresse entre a população LGBT+, é preciso considerar dois fatores: se a cultura organizacional da empresa é realmente inclusiva e que medidas foram criadas para garantir que todas as pessoas se sintam livres para se expressarem no ambiente de trabalho.
Mas gerar uma cultura inclusiva não é suficiente. De acordo com Alberto Mondelli, líder de consultoria de DEI da WTW para a América Latina, "as empresas devem rever ações e seus pacotes de benefícios, para garantir que eles sejam realmente inclusivos em questões como cobertura médica para casais do mesmo sexo, apoio ao processo de afirmação de gênero, recursos de apoio à saúde mental, apoio em programas de fertilidade e fornecimento de licença parental equitativa, entre outros, além de abordar os problemas de acessibilidade aos benefícios para os empregados de baixa renda".
Por fim, a pesquisa da WTW destaca a importância das empresas trabalharem ativamente em campanhas efetivas de comunicação, que reflitam adequadamente a cultura de inclusão e os valores que buscam promover, além de garantir que todos as pessoas LGBT+ conheçam seus benefícios dentro da organização e possam acessá-los quando for necessário.
A Pesquisa Global de Atitudes de Benefícios 2022 explora as necessidades, os comportamentos e as preferências dos funcionários em vários temas, como mudança de modelos de trabalho, o papel dos benefícios na atração e retenção de talentos, preferências de benefícios, expectativas de aposentadoria e bem-estar. A versão 2022 é a quinta pesquisa global e foi realizada durante dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Participaram da pesquisa 35.549 colaboradores de grandes e médias empresas privadas de 23 mercados. Na América Latina, participaram 5.028 colaboradores de cinco países – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México.
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