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Quais são os riscos que as empresas precisam ficar atentas em 2023?

Por Alvaro Trilho | Abril 26, 2023

Analisamos os principais riscos que as empresas devem se preocupar durante o ano de 2023
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As empresas estão cada vez mais preparadas para lidar com seus problemas internos, identificando os riscos existentes e implementando estratégias para mitigá-los. Nesse cenário, o ESG tem um papel fundamental, pois serve de pilar para identificar e orientar cada atividade desempenhada.

Vemos, com frequência, como as empresas estão conduzindo suas atividades no aspecto ambiental, atentas em como suas ações estão impactando o meio ambiente; e a atenção na área social, compromissadas em conduzir projetos importantes.

É verdade que a recente crise no mercado varejista mostrou que, mesmo com fortes pilares ESG, existe uma necessidade crescente de olhar de forma mais atenta para os riscos internos, fortalecendo a Governança e aprimorando processos de auditoria, controle e acompanhamento, em sinergia com a alta gestão.

Nesse sentido, o D&O, que é uma modalidade de seguro com o objetivo de garantir a tranquilidade e proteção dos executivos e administradores de empresas, terá cada vez mais destaque.

Contudo, os grandes riscos que estão preocupando cada vez mais as empresas, organizações e governos não são os internos, mas os externos. E, ao que tudo indica, os riscos externos terão um protagonismo muito grande em 2023.

Afinal, quando o risco é interno, a resolução fica por conta das diretrizes definidas pela empresa para geri-lo. Agora, quando a empresa não tem controle ou influência sobre um risco externo a preocupação cresce.

Para citar apenas alguns exemplos recentes, temos a pandemia da COVID-19, que apareceu de forma avassaladora e impactou o mundo por mais de dois anos; e a Guerra na Ucrânia, que, mesmo depois de um ano, continua assolando o continente europeu e trazendo reflexo para o mundo todo.

Só que a lista de riscos que vai preocupar as empresas neste ano é bem mais ampla. E as empresas brasileiras já estão sentindo esses riscos batendo à porta.

As mudanças climáticas continuam sendo uma realidade bem preocupante, que fogem totalmente do controle das empresas e a cada dia que passa se mostram como um risco constante. Basta ver a triste tragédia que atingiu o Litoral Norte de São Paulo no Carnaval.

Fatores de cibersegurança e segurança digital também são riscos que devem liderar as ocorrências em 2023, sendo cada vez mais comuns. Agravando ainda mais a situação, o Brasil aparece frequentemente nos rankings de ações hackers, que estão cada vez mais intensos, certeiros e muitas vezes não são vistos pela maior parte das pessoas. Para se ter uma ideia, em junho do ano passado ocorreu o maior ataque hackers DDoS (quando um serviço de Internet é “bombardeado” por solicitações até que caia) da história.

Segundo a Google Cloud, um de seus clientes, que não foi divulgado, recebeu 46 milhões de solicitações por segundo. Os ataques saíram de 132 países diferentes, sendo que quatro lideraram a ação: o Brasil foi o segundo da lista, disparando cerca de 10% das solicitações.

Temos, inclusive, o “ressurgimento” de alguns riscos que não víamos há algum tempo, com destaque ao Risco Político, que pode causar interrupções de atividades e reflexos na economia e política. Ver a Praça dos Três poderes ser invadida era algo impensável no passado, mas agora é uma realidade.

Porém, além de todos esses riscos, há um outro grande e grave problema. A maioria das empresas não está preparada para lidar com eles, adotando posturas reativas, o que é muito grave.

As organizações, mais do que nunca, precisam se preparar, avaliando diferentes cenários e desenvolvendo um planejamento claro, assertivo e eficiente de como agir em cada situação.

Caso contrário, quando o risco de fora bater à sua porta, haverá muito pouco o que se fazer e muito para se lamentar.

Autor

Diretor de Risk & Analytics da WTW

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