SÃO PAULO, 15 de outubro de 2020 — A demissão de um executivo de alto escalão, como um CEO, é um tema bastante sensível em qualquer organização. Por esse motivo, empresas buscam incluir, em suas estratégias, programas de desligamento de executivos que tipicamente são implementados como forma de reconhecimento pelo histórico de trabalho e, em alguns casos, por necessidade de restruturação organizacional.
A consultoria Willis Towers Watson realizou um levantamento sobre Práticas de Desligamento de Executivos, entre janeiro e março de 2020, que contou com a participação de 178 companhias, dentre as quais 67% reportaram possuir programas de desligamento de executivos.
De acordo com Marcos Morales, diretor de recompensas da Willis Towers Watson, esse tema é comum tanto em empresas nacionais quanto em subsidiárias estrangeiras e, apesar de a pesquisa ter sido realizada antes da pandemia, é certo que essa prática ganhou muita importância nos últimos meses com as demissões realizadas no mundo inteiro.
“Demitir funcionários é difícil em tempos normais, mas em meio a uma crise de saúde global a tarefa se torna ainda mais desafiadora, e essas ações são um suporte tanto para o executivo que está perdendo o emprego como para a empresa que deseja realizar o desligamento da melhor forma possível”, explica.
Segundo a pesquisa, na maioria das empresas os programas são baseados em políticas informais, nas quais as práticas tipicamente variam caso a caso. Cerca de 93% das entrevistadas que adotam este tipo de programa têm como prática o pagamento de um bônus de desligamento, geralmente pago em parcela única.
89% das empresas estendem benefícios aos executivos desligados. São práticas de mercado a extensão do plano de assistência médica (87%) e a contratação de serviços de recolocação profissional para os executivos desligados (71%).
Além disso, cláusulas de non-compete são comuns em 52% das empresas, o que inclui não trabalhar na concorrência por 12 meses após o desligamento. As empresas reportaram também que os incentivos de curto prazo são geralmente pagos de forma proporcional aos meses trabalhados, nos incentivos de longo prazo as regras adotadas pelas empresas costumam ser o cancelamento das parcelas unvested (52%) ou a manutenção da regra de vesting (24%).
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