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Artigo

Tendências, tecnologia e gestão de custos nos benefícios

Fringe Benefits

11 março 2019

As empresas que consigam demonstrar, através da tecnologia, que têm um pacote de retribuição total adequado à sua população serão as empresas capazes de atrair e reter talentos e skills que pretendem.
Total Rewards
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A evolução da tecnologia, que cada vez mais marca não só o nosso dia-a-dia mas também a forma como a empresas recompensam os seus colaboradores, contribuiu para que os fringe benefits tenham ganho um peso maior na retribuição total em relação a um passado não muito distante. Constatamos também que a flexibilidade e o colaborador visto como consumidor são algumas das maiores tendências do momento. Efetivamente, as organizações já oferecem aos seus colaboradores a possibilidade de escolherem os benefícios, serviços ou produtos que satisfaçam as suas necessidades em cada momento das suas vidas. Esta personalização na compensação e forma de trabalhar obriga a uma boa dose de criatividade por parte dos gestores de capital humano, uma vez que esta aposta na diversificação exige que os pacotes de benefícios sejam também eles diversos.

Na perspetiva das organizações, as novas tecnologias, quando utilizadas na gestão dos fringe benefits, são um aliado poderoso no que respeita à captação de informação sistematizada sobre os mesmos, reduzindo o tempo associado a tarefas relacionadas com gestão administrativa e reporting e permitindo, à distância de um clique, saber qual o resultado e impacto de qualquer alteração efetuada. Hoje em dia é possível efetuar estudos com variáveis dinâmicas que permitem avaliar quais os benefícios mais valorizados e quais aqueles que, se fossem reduzidos, alterados ou eliminados, não teriam impacto ou teriam mesmo impacto positivo no engagement dos colaboradores. Este tipo de estudo permite a otimização do pacote de remuneração total, resultando potencialmente em reduções de custos para a empresa e simultaneamente aumentos da motivação e produtividade dos colaboradores.

Associadas ao fato dos colaboradores serem vistos como consumidores, as novas tecnologias também facilitam a autonomia dos mesmos e uma comunicação (low cost) entre estes e a empresa, no que respeita à divulgação dos benefícios, ao marketing associado ao pacote de benefícios e à responsabilidade social das empresas perante os seus colaboradores. Nesta ótica, por exemplo, existem atualmente simuladores que permitem a cada utilizador planear o momento da reforma e monitorizar o valor da mesma, utilizando várias situações e pressupostos, integrando pensões com origens distintas e considerando todos os dados reais do utilizador e valores constituídos. As empresas que concedem este tipo de ferramenta têm colaboradores mais informados, que efetuam uma melhor gestão financeira, atual e futura.

Em suma, se a tecnologia tem hoje um papel relevante nos fringe benefits oferecidos pelas empresas é certo que o mesmo será ainda mais preponderante no futuro: as empresas que consigam demonstrar, através da tecnologia, que têm o pacote de retribuição total adequado à sua população serão aquelas que serão capazes de melhor atrair e reter os talentos e skills que pretendem (possivelmente em detrimento daquelas que efetivamente têm um melhor pacote de benefícios). Isso trará vantagem competitiva à empresa e, consequentemente, maior retorno ao acionista.

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