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O que a análise de riscos pode fazer pela sua empresa?

Bate-papo com nosso especialista

Maio 6, 2022

Entenda o que de fato significa analisar riscos para a organização e como transformar dados em ação, principalmente no novo cenário com foco em ESG.
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Prever riscos para transformá-los em oportunidades tem sido fator obrigatório nas organizações. O uso de inteligência de dados é um forte aliado nessa caminhada.

Nessa entrevista, Alvaro Trilho esclarece o que uma área de Risk&Analytics pode fazer pelas empresas e compartilha algumas reflexões sobre a correlação entre riscos e ESG.

O que é o Risk & Analytics e qual a importância para os negócios das empresas?

É uma área de consultoria da WTW que oferece suporte para uma abordagem integrada ao gerenciamento de riscos. Nossa equipe é composta por especialistas em risco, tecnólogos e matemáticos e mais de 165 atuários. Nossas ofertas incluem profundo conhecimento das necessidades específicas dos clientes, análise holística para agregar valor por meio de uma estratégia de risco de portfólio. Auxiliamos nossos clientes na quantificação de risco, no controle de perdas, nas reclamações e nas estratégias de retenção de risco, incluindo cativas ou transferência alternativa de risco.

Esses serviços são bastante abrangentes, qual tipo de cliente pode se beneficiar deles?

Todas as empresas de porte médio para cima, de qualquer atividade comercial ou industrial. Logicamente, algumas ferramentas ou serviços vão atender necessidades específicas das organizações.

Sabemos que as empresas têm diferentes níveis de maturidade com relação à gestão de riscos. Como isso afeta a oferta de serviços de análise de riscos?

Classificamos as empresas em três diferentes níveis:

  1. Reativo: empresas que tomam decisões olhando o passado. O que aconteceu e o que preciso fazer para que não aconteça mais?
  2. Proativo: empresas que buscam entender os seus riscos individualizados para a tomada de decisão. O que acontecerá e como mitigar esse risco?
  3. Estratégico: empresas que analisam seu portfolio de riscos (seguráveis e não seguráveis) e apetite para a tomada de decisão. O que devemos fazer com relação ao tratamento dos riscos?

Nossas ferramentas atendem clientes nesses três estágios de maturidade. Normalmente, realizamos uma reunião inicial com o cliente para entender em qual nível ele está e quais respostas está buscando. A partir daí direcionamos a reunião para apresentar as ferramentas e serviços que acreditamos ser úteis para a empresa.

Atualmente se fala muito em ESG (Environmental, Social e Governance), mas na prática, qual a relação direta desse tema tão importante com a análise de risco e como as empresas podem se adequar a esses critérios?

Quando as empresas começam a dar a devida importância ao ESG elas passam a conhecer e trabalhar alguns dos seus riscos e, inclusive, surgem novos riscos. Risco é inerente ao negócio. Risco não é um problema, ele pode ser uma oportunidade. O importante é a empresa conhecer, mensurar e administrar os seus riscos.

Um dos temas mais presentes no dia a dia das pessoas e empresas, quando se fala em ESG, é a questão climática. Este é um assunto complexo, que envolve diversas áreas dentro do negócio e impacta significativamente o presente e futuro das empresas. Inclusive, podendo extinguir algumas delas. Temos um serviço chamado Climate Resilience Hub que atua no E e no G. O que fazemos? Avaliamos o risco climático, por meio da quantificação do problema, ajudamos o cliente a criar a estratégia e plano de transição, auxiliamos na implementação e no financiamento da estratégia e ajudamos a operacionalizar o monitoramento e os relatórios contínuos. Essa fase é muito importante, pois este processo é de longo prazo e a empresa pode se perder facilmente com o passar dos anos, com mudança de liderança, etc.

Você pode dar alguns exemplos práticos de como a análise de riscos bem executada pode transformar a operação de uma empresa?

Como disse anteriormente, risco é inerente ao negócio, qualquer negócio. Todos (pessoas, empresas, governos) temos nossos riscos e, cientes ou não, administramos eles.

Vamos imaginar uma pequena empresa que vai adquirir um terreno para construção de uma nova fábrica ou depósito. Ela tem duas opções: um terreno mais barato ao lado de um rio com histórico de enchente e outro, pouco mais caro longe de rios. Adquirindo o que fica ao lado do rio a empresa tem que definir quais medidas de proteção irá tomar para mitigar o risco de enchente. Já para o outro terreno, mais caro, essas medidas não são necessárias. Estudando seus riscos e as medidas adequadas para proteção, a companhia consegue definir qual o melhor investimento. Isso também ocorre em maior escala para grandes empresas.

Recentemente, fomos contratados por um Estado, em um país desenvolvido, para analisar seus diversos riscos, classificá-los e mensurar como esses riscos se comportarão no futuro. Com o resultado, o Legislativo Estadual tem informações para definir suas leis e políticas futuras.

Enfim, risco só é ruim quando não conhecido ou mal administrado. Riscos mensurados podem trazer oportunidades para as pessoas, as empresas e os governos.

Contato

Diretor de Risk & Analytics da WTW

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