As empresas na América Latina têm implementado diversas ações em resposta aos desafios impostos pela pandemia da COVID-19, principalmente para garantir a saúde, a segurança e o bem-estar de sua força de trabalho enquanto tentam manter a operação. Muitas, agora, também estão olhando adiante e buscando caminhos para restaurar a estabilidade depois do relaxamento das medidas de isolamento social.
Para acompanhar as mudanças e as ações tomadas e ajudar os empregadores a navegar neste momento incerto, a Willis Towers Watson realizou, no período de 26 de maio a 10 de junho, a pesquisa “COVID-19: Impactos nos negócios e nos benefícios – América Latina”, que contou com a participação de 649 empresas de diferentes países da região.
Confira, a seguir, alguns destaques da pesquisa.
Figura 1 – Sobre a pesquisa
Os impactos no negócio
- Aproximadamente 60% das organizações esperam um impacto que varia de moderado a grande nos resultados financeiros durante os próximos seis meses
- 30% acreditam que não haverá impacto na produtividade dos empregados nos próximos seis meses, enquanto 50% esperam um impacto negativo no bem-estar da força de trabalho no mesmo período
- Cerca de metade das organizações já congelou ou reduziu as contratações e 15% reduziram o quadro de empregados
- Políticas obrigatórias de “home office” são amplamente utilizadas por 65% dos respondentes, mas poucas empresas oferecem subsídios especiais neste período de quarentena
- 27% das empresas estão trabalhando com equipes alternadas e 21% reduziram a jornada de trabalho semanal
Figura 2 – Subsídios especiais
Restauração da estabilidade
As empresas estão desenvolvendo seus planejamentos estratégicos para colocá-los em prática quando as restrições de distanciamento social forem reduzidas ou suspensas
- 45% já desenvolveram estratégias sobre o retorno ao trabalho e outras 50% têm ações planejadas ou sendo consideradas
Os empregadores estão revisando os protocolos de segurança e muitos reconfiguraram o espaço de trabalho
- 59% realizarão testes de temperatura em empregados e visitantes na entrada das instalações
- A maioria das empresas (72%) planeja adotar uma abordagem em fases e trazer de volta ao trabalho, primeiramente, os empregados essenciais ou de baixo risco
Figura 3 – Planos para retorno ao trabalho
Prioridades dos programas de benefícios
- Dois terços das empresas já fizeram ou planejam fazer alterações em seu programa de benefícios como resultado da COVID-19
As principais prioridades para os próximos seis meses são:
- Melhorar os serviços de saúde mental e gerenciamento de estresse/resiliência (46%)
- Aprimorar programas/ações relacionados à segurança dos empregados (44%)
- Comunicar sobre programas de benefícios e bem-estar que podem ser importantes para os empregados neste momento (44%)
- Garantir a continuidade dos programas de benefícios, como a gestão de fornecedores, por exemplo (30%)
Figura 4 – Melhorias nos benefícios
Benefícios relacionados ao bem-estar
Novas soluções virtuais que apoiam o “home office” são uma prioridade para os empregadores: 63% já as oferecem e outros 26% estão planejando/considerando fazer o mesmo
- 36% já tomaram ações para assegurar o acesso aos cuidados necessários e apoio para empregados com doenças crônicas
- 31% já implementaram ações de promoção da saúde como nutrição saudável, atividade física e/ou controle de peso para os empregados em “home office”
Para ajudar os empregados a lidar com a ansiedade e solidão:
- 75% das empresas aumentaram o acesso a videoconferências para possibilitar reuniões virtuais com o objetivo de manter os empregados conectados ao trabalho
- 47% estão flexibilizando o horário de trabalho para permitir que os empregados cuidem das crianças ou idosos
A maioria das empresas está preocupada com a qualidade dos seus programas de bem-estar:
- 88% pretendem melhorar os atuais programas
- 87% esperam promover/comunicar os programas atuais
- 83% planejam adicionar novos programas alinhados às necessidades futuras
Figura 5 – Estratégias de bem-estar para 2021
Benefício saúde
- As empresas esperam um aumento nos custos de saúde, licença médica, invalidez e seguro de vida em grupo durante o próximo ano em decorrência da COVID-19
- Empresas focam em promover a assistência médica virtual aumentando a conscientização e reduzindo os custos dos pontos de atendimento
Cerca de 3 em cada 5 empregadores planejam revisar sua estratégia de saúde para 2021. As principais prioridades incluem:
- Monitorar a utilização do empregado e educar para minimizar os comportamentos inadequados
- Adicionar ou aumentar o atendimento virtual
Figura 6 – Aumentos nos custos de saúde
Figura 7 – Prioridades da estratégia de saúde para 2021
Benefícios de aposentadoria
- 7% dos empregadores implementaram ações para suspender/reduzir contribuições aos planos de aposentadoria complementar; outros 14% planejam ou consideram fazer o mesmo
- A maioria das empresas já está avaliando ou considerando avaliar a capacidade de os provedores/gestores manterem os serviços ao longo deste período
As empresas têm conversado com os empregados sobre seus planos de aposentadoria
- 11% estão promovendo orientação financeira independente para os empregados próximos da aposentadoria; outros 30% estão planejando ou considerando o mesmo
- 10% estão conversando sobre como as quedas no mercado financeiro estão impactando os planos de aposentadoria; outros 23% planejam ou consideram tomar a mesma ação
Figura 8 – Ações relacionadas ao plano de aposentadoria
Licença remunerada
- 2 em cada 5 organizações estão exigindo que os empregados tirem licença ou férias
- 1 em cada 8 empresas modificou ou revisou o desenho do plano e as práticas para reduzir custos e outras 22% estão planejando ou considerando fazer o mesmo
14% estão concedendo licença de quarentena além da exigência legal, e apenas 5% estão concedendo licença especial para cuidar de crianças
- A maioria daqueles que concedem licença de quarentena ou licença destinada ao cuidado de crianças planeja cobrir 100% do salário
Figura 9 – Ajustes nas políticas de férias/licenças
Para obter mais informações sobre a pesquisa na América Latina ou dados específicos do Brasil, entre em contato com seu consultor na Willis Towers Watson.
Nota: Ressaltamos que, como se trata de um tema em evolução contínua, é importante considerar o período no qual os dados foram coletados ao analisar os resultados.